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  • Foto do escritorMiriam Zlochevsky Tunchel

Pensar fora da caixa?

Atualizado: 18 de fev. de 2018




Pelo menos 1 vez por semana eu escuto essa frase: “ah, é preciso pensar fora da caixa”...

Como todo designer, que geralmente tem um pensamento um tanto “alternativo” (vamos deixar esse adjetivo, que não compromete tanto) logo imagino uma caixa vazia e um monte de frases dançando em volta dela!

Mas o que significa pensar fora da caixa? É pensar em algo que ninguém nunca pensou antes? Se for isso, ficou fácil... eu penso em 1 dúzia de absurdos todos os dias! Mas nem sempre são situações em que recebo aplausos ou que contribuem para melhorar a qualidade do meu trabalho.

Soluções alternativas para os mesmos problemas, na minha opinião, também não representam exclusivamente “pensar fora da caixa”. Acredito que o novo, o surpreendente, o inusitado estão diretamente relacionado ao acervo de experiências de cada um. O que arranca expressões de surpresa de uns pode ser mais do mesmo para outros.

O designer gráfico passa diariamente por um momento de "sofrimento" na elaboração de um projeto. Diante de um novo projeto, precisa unir o compromisso de comunicar com recursos visuais originais. Nada de pastelaria ou padaria, que usa a mesma matriz e produz em série.

Na semana passada estive no show/apresentação do grupo argentino Fuerza Bruta (https://fuerzabrutaglobal.com - atenção: não é spoiler e sim o site oficial do espetáculo!). Vou tentar descrever um pouco do que vi, mas nem mesmo para explicar do que se trata estou achando as palavras adequadas.

É dança? Performace? São atores? Bailarinos? Tudo isso? Nada disso?

O público assiste de pé, movendo-se de acordo com as cenas que vão se apresentando em 360 graus. O som? altíssimo! Diria que ensurdecedor. Como se não permitisse nenhuma distração do público. Nada de pensar no que vai fazer quando acabar o espetáculo ou que esqueceu de pagar o boleto do dia. Foco absoluto no aqui e agora!

E a primeira coisa que me vem à mente é: nossa, isso é muito fora da caixa!

Tentando definir um único sentimento presente durante toda a apresentação cheguei a esse: perturbador! Se em alguns momentos deu vontade de sair correndo, em outros, o fascínio era absoluto e hipnotizante.

Voltando para a vida real, não é possível viver nessa intensidade sensorial durante o dia a dia de trabalho. Acho que qualquer um enlouqueceria, mas provocar algo novo... diferente... surpreendente... ao apresentar um projeto ao cliente é meu sonho de consumo mais frequente!

Vou continuar em busca do “pensamento fora da caixa”. De alguma forma, essas experiências quase extremas, um tanto lisérgicas vão me tirar do comum e provocativamente me farão procurar soluções diferentes para problemas aparentemente similares.


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